quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

o meu maior segredo.

Chegou a hora; as palavras são as últimas a chegar. A água salgada estragou a caligrafia das tuas últimas palavras. É no vício do sonho, e na imperfeição da vida que tu entraste. É na vida duma pobre pecadora inocente, a quem o amor é constantemente infiel que deste os teus primeiros passos de assassino sentimental e é no meu coração doente que tu partes os cantos sobreviventes. É a mim que tu comes por dentro, é a ela que tu devoras por fora. É nesta praia que deste os teus últimos passos, que nem na areia ficaram marcados. É a repetição da histórias de sexta-feira contadas ao serão. A repetição dos actos. Um fósforo e uns paus e deixas de existir nestas folhas sujas de inocência que me mancham de pavor... a tal fogueira de praia... o tal livro queimado. Entretanto esfolheio um caderno em branco, quem será o próximo protagonista? Não prometo nada, podes passar a secundário. A minha última deixa? É aqui, na praia, a saborear o cheiro do mar, a delirar sobre o leito areoso, a ambicionar nunca haver nunca, a desejar os teus lábios salgados em contacto permanente com os meus. A minha última fala? É a palavra mais (in)competente que conheço. É um "amo-te". o meu maior segredo? A personagem principal serás sempre tu, e em qualquer que seja o livro, serás sempre quem eu irei amar, quer secretamente quer de um modo nu. E um dia hás-de perceber o verdadeiro significado desta palavra e a verdadeira energia deste sentimento, porque um dia hás-de saber que apesar de tudo, eu sei amar.



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agradeço todos os comentários pertinentes, que contribuirão para a minha evolução. de qualquer forma, um aviso para quem cá vier para simplesmente me tentar rebaixar, tudo que tenho para vos dar em troca é meu o silêncio, um sorriso irônico e desprezo.

sabrina castro.

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• não nasci para te agradar. não gostaste? morre diabo !