terça-feira, 21 de agosto de 2012

G*

Hoje é um daqueles dias em que preciso de fazer desaparecer tudo o que me rodeia;a noite passada foi igual,irão ser todas as horas assim enquanto não houver solução, enquanto não acreditares no que te digo.
não me lembrava de sofrer assim...talvez por nunca me ter entregue desta maneira...sempre me interessei por pessoas das quais nem me devia aproximar.mas sinceramente? Nem a amor chegou.e tu apareceste assim, não vieste como um copo de água que era mínimo tendo em conta a imensidade do meu coração... Vieste como a areia de uma praia, cujas ondas insistem em chegar a ti.eu sou as ondas.eu sei que a água não desaparece por falta de areia, mas eu não sou água engarrafada, eu sou água do mar, eu faço parte de uma praia,a nossa praia, e preciso de ti, tal como tu precisas de mim... Afinal, és areia de praia, aquela areia que dá vontade de pôr toda num frasco e levar para casa, és aquela areia suave que me leva ao céu quando te sinto.és a areia perfeita para a praia onde quero estar eternamente, a areia onde encontrei de tudo: búzios, histórias, sorrisos, conchas, felicidade, calor...amor. O amor é o mais importante, e é enorme! Nunca pensei encontrar algo assim, foi como encontrar um bocado da lua só para mim, algo que estava destinado para nós.
Eu lembro-me de vasculhar por aí, de te ir conhecendo sem conhecer, lembro-me da primeira vez que falamos...lembro-me de me perder num novo mundo, contigo. Foi tudo tão rápido, será que tem de acabar tão rápido assim também? Por mim não tinha fim... Não consigo deixar de adormecer abraçada à tua camisola, imaginando ser o teu corpo... Ainda tem o teu cheiro. Gosto mais do casaco, sabes? Mas foi perdendo o cheiro por usá-lo tanto no dia-a-dia. Então está arrumado, mesmo ao lado da minha cama. Prefiro a camisola pelo cheiro,porque me faz sentir-te presente, e esta noite chorei abraçada a ela, chorei por ti. Mal acordei comecei a chorar, mal me consigo controlar. Talvez seja por isso que não choro tanto, não me lembro... Quer dizer, sei que quando era mais nova chorava por tudo e por nada, mas de há dois anos para cá que raras são as vezes em que choro... Mas agora que comecei a chorar não consigo parar, acho que é por te amar assim tanto, acho que é pelo medo que tenho de te perder. É enorme, meu amor, enorme como o céu que olhámos tantas vezes, o céu que olho tantas vezes na esperança de te ter aqui comigo, sob a lua. Eu preciso de ti comigo, és o que eu sempre precisei, e se já o sabia antes, neste momento sei com todas as minhas certezas. Eu não acreditava no "para sempre", fizeste-me acreditar e agora vai acabar? Não pode, não me podes fazer isto, não podes fazer isto a ti mesmo! Nós havemos sempre de precisar um do outro para sermos felizes, eu sei que sim, e isso custa-me porque corro o risco de te perder, mesmo sem ter culpa. Tal como tu estou confusa com a situação, continuo a achar que são erros técnicos ou algo do género... Sabes o que penso? Que o mundo está contra nós. No momento em que sou feliz contigo tudo se desmorona, e em vez de lanças fomos atingidos por uma pedra, aquelas das catapultas, sem saber de onde. Eu juro-te que nunca te enganaria, só de pensar nisso me sinto mal. Eu quero ser só tua, tal como te quero só meu, será tão difícil de compreender? Eu sei que dificilmente vais acreditar em mim, mas não sei mais o que fazer. És o único homem digno do meu coração, e nunca ninguém me vai amar como tu me amas...eu sei. Tal como nunca ninguém te amará como eu te amo! Amo esse teu jeito, esse teu sorriso. Aquele movimento que fazes com o lábio quando te rejeito um beijo. Amo roubar-te um beijo quando tentas resistir, amo o conforto dos teus braços. Nem sei se estarei a conjugar bem os verbos, será tudo passado a partir de agora? Que nó no estômago só de pensar. Por favor, não vás! Peço-te por tudo, não vás, e acredita em mim... Acredita em mim quando te digo que seria incapaz de te enganar, acredita em mim quando te digo que "é pouco dizer que és a minha luz, o meu céu, a minha outra metade, é pouco dizer, que daria a vida pelo teu amor". Eu compreendo que queiras desaparecer, mas este amor nunca há-de morrer...nunca deixarei de te amar, prometo.

 E apesar de saber que te devia dizer para leres isto, tenho medo, eu só preciso que acredites em mim, e não sei o que fazer. Apesar de tudo espero que me perdoes, e se não perdoares que um dia mais tarde te lembres de mim pelo que sabes que sou, não pelo que pensas que sou.

Só mais uma coisa...sabes o que é, amo-te.

sempre tua*

sabrina castro.

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• não nasci para te agradar. não gostaste? morre diabo !