terça-feira, 20 de dezembro de 2011

carta número 7 - carta para os teus pais

pai, mãe... obrigado! em parte agradeço-vos porque sei que se não fossem vocês, a esta altura não estaria onde estou. sou uma rapariga irritante, admito que por vezes não tenho as atitudes que vocês gostariam que eu tivesse só para vos chatear, mas no fundo há alturas em que me orgulho de vocês.
toda a gente sabe que não nos damos muito bem, pai... é complicado, as nossas personalidades e ideias chocam muito facilmente. é verdade, irrito-me muito facilmente contigo, e não suporto a tua maneira de ser, pior não suporto a tua maneira de pensar, e discutimos muito. quer dizer, agora nem tanto, mas antes, que ódio que te tinha, cheguei a dizê-lo muitas vezes que te odiava, e sentia-o. mas agora que penso, apesar de não termos a melhor relação, e eu sei que também não faço por isso, estás a tentar mudar, estás realmente mais simpático, e obrigado por isso. obrigado por me teres criado como criaste... de um modo simples. acredita que nunca esquecerei as minhas raizes. e só mais um agradecimento: muitíssimo obrigado pelas palavras de incentivo no que toca aos meus "trabalhos" e "projetos"...
mãe, minha linda, obrigada pelos sorrisos, pelas palavras, pelos apoios, pelos sermões que me davas e dás quando necessário, pela proteção e pela força. sei que nem sempre sou o que devia ser, e sei bem que gostavas de receber mais carinho da minha parte, mas também sei muito bem que sabes que esta é a minha maneira de ser e que não é por não mostrar que não sinto... não tenho muitas coisas para dizer, é algo tão natural... sei que temos uma estranha ligação de mãe/filha; não sou de acreditar nestas coisas, mas a verdade não dá tréguas, e aconteceu isto tantas vezes: premonição. quantas e quantas vezes eu não sabia que algo estava mal mesmo estando distante de ti? era quase como que tivesse o teu coração dentro de mim e sentisse quando estavas a sofrer... tal verdade é que não foi uma nem duas vezes que cheguei a casa, tu estavas no hospital e eu já o sabia, porque o senti. de qualquer maneira, já se faz tarde, precisas da minha ajuda na cozinha e eu estou aqui, perdida da vida a escrever-te... só quero que saibas que te admiro muito, e apesar de na maioria das vezes implicar contigo e tudo o resto, espero que saibas que apesar de tudo o resto fazes parte do meu tudo.
com muito amor,
sabrina castro.

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agradeço todos os comentários pertinentes, que contribuirão para a minha evolução. de qualquer forma, um aviso para quem cá vier para simplesmente me tentar rebaixar, tudo que tenho para vos dar em troca é meu o silêncio, um sorriso irônico e desprezo.

sabrina castro.

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• não nasci para te agradar. não gostaste? morre diabo !